Nascido em Dreux, na França em 07 de setembro 1726, foi o principal jogador de seu século e é considerado o primeiro grande teórico do xadrez. Descendente de uma família de músicos, ele próprio foi compositor, muito embora não tenha alcançado nessa atividade a mesma projeção que como enxadrista. Na adolescência foi aluno de Legall (jogador que emprestou o nome a um famoso xeque-mate de abertura), e em 1747 derrotou o forte jogador sírio Stamma em um match. Depois disso não encontrou rivais à altura. Em 1783 ministrou uma sessão de três partidas simultâneas às cegas. Infelizmente poucas de suas partidas sobreviveram até hoje.
Em 1749 publicou sua notável obra Analyse du Jeu des Échecs, na qual constam estudos de aberturas e de finais de partida, alguns dos quais são referência até hoje, e estão expostos de forma sistemática os princípios estratégicos que defendia. "Os peões são a alma do xadrez", dizia ele. Philidor pregava a eficácia das cadeias de peões compactas e em linha, bem como a importância da cooperação de peças e peões para dominar os pontos vitais do tabuleiro, sobretudo o centro. Hoje é visto como um grande pensador muito à frente de seu tempo. Prova disso é que muitas de suas idéias foram retomadas e refinadas depois de mais de um século, particularmente por outros dois excepcionais pensadores do xadrez, Steinitz e Nimzowitsch.
Estava na Inglaterra quando estourou a Revolução Francesa (1789). Por constar na lista negra dos revolucionários, não voltou a seu país. Faleceu em Londres em 31 de agosto de 1795.