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AARON NIMZOWITSCH
AARON NIMZOWITSCH

 

 

SUA INFÂNCIA

Aaron Nimzowitsch nasceu em 1886 em Riga - Lituânia parte da Rússia Czarista, filho duma rica família judaica que dedicava-se ao comercio e se destacava pela sua religiosidade e altruísmo.

Seu pai tinha grande vocação para o xadrez que não pode concretizar, mas transmitiu ao seu filho, o amor profundo ao mesmo que nortearia a vida do menino até sua morte.

Aos 13 anos fez seu bar-mitzua judaico e já era um assombro na comunidade pelo seu jogo brilhante, sua vida foi confinada pela tremenda opressão czarista aos judeus em Vilna!

SUA JUVENTUDE

Em 1904 seu pai num esforço tremendo para driblar a opressão czarista, envia-o à Berlim.

Anos depois com o domínio nazista de 1930, em diante seria uma catástrofe um estudante judeu da Lituânia ir à Alemanha

Estuda Filosofia na Universidade local mas não é bem sucedido.

TORNEIO DE SAN SEBASTIAN - 1911

Neste torneio perde para Capablanca e Tarrasch, os participantes que acompanhavam o desenrolar, descreviam-no como possuidor de tiques nervosos, não tolerando qualquer ruído ou alguém falando, imediatamente reclamava ao arbitro. Mostrava-se pouco amável com os que assim lhe venceram e não dirigia palavras aos mesmos, mas aos que venceu ou empatou foi de extrema amabilidade. Já eram os primeiros sinais da tremenda doença que mereceu a atenção do genial criador da Psicanálise Sigmund Freud, estudando as desigualdades causadas pelas perseguições que os judeus sofreram na Europa.

A 1ª GUERRA MUNDIAL - 1914 1918

Foi uma tragédia para vida de Nimzovitsch tendo de fugir de cidade à cidade, russo de nascimento, estava na Alemanha do Kaiser que abriu um tremendo conflito com a Rússia, Inglaterra e França.

Esta situação de incerteza permanente, minou sua mente gravemente e quando entrou na Suécia neutra onde permaneceu por 2 anos, fugindo da terrível guerra, já tinha desequilíbrios esporádicos. Em 1922 vai morar na Dinamarca até o fim da vida em 1934. Recebeu cuidados permanentes dos médicos dinamarqueses. A Dinamarca ao lado da Holanda era dos povos onde os judeus eram menos discriminados.

SUA CARREIRA

De 1904 à 1934, Nimzovistch participou de 47 torneios, jogando 638 partidas, venceu 302 e empatou 222 e perdeu 109. Venceu 18 destes torneios.

Apesar de sua genialidade, não pode disputar matches pelo titulo com Capablanca ou Alekhine pois não conseguiu bolsa junto aos capitalistas que não confiavam em seu equilíbrio. Mas seu trabalho inovador, para o desenvolvimento do xadrez moderno colocam-no para sempre no panteão dos grandes mestres.

SEUS PRINCIPAIS TORNEIOS

Carlsbad, 1907 (Com 21 anos classifica-se em 4º, empatando com Leonhardt Schlechter, a frente de Vidmar Duras, Teichmam, Spielmann e Tartakower.)

São Petersburgo, 1914 (Vence o torneio de mestres em São Petersburgo empatado com Alekhine, o de grandes mestres foi vencido pelo genial Emanuel Lasker.)

Copenhague, 1924 (Terminou Empatado com Akita Rubinstein)

Desden e Hanover, 1925 (1º em ambos, empatado com Tartakower.)

Nuremberg e Londres, 1927 (1º com Tartakower. Em Londres além de ser 1º, vence criando sua celebre imortal contra Yates.)

Berlim, 1928 [Centenário da Sociedade Enxadristica Berlinesa] (1º em brilhante performance)

Berlim, 1928 [Grande Torneio do Centenário da Sociedade Enxadristica Berlinense] (2º atrás de Capablanca)

San Remo, 1930 (2º atrás de Alekhine.)

SUAS IDÉIAS BRILHANTES QUE LHE PROJETAM PARA SEMPRE

Nimzovistch publicou os seguintes livros : Meu Sistema e Prática do Meu Sistema.

A resistência inicial pelos demais grandes mestres, como obviamente a tudo que é inovador lhe parecem enormes. Não obteve credito dos seus companheiros e muitas vezes foi ridicularizado!

A DEFESA NIMZO INDIA

1. e4 , Cc6

2. d4 e6

3. Cc3 Bb4

Quando Nimzovistch introduziu este lance seu eterno rival Siegbert Tarrasch, taxou-o de horrível. Nimzovistch responde: "A beleza das jogadas do xadrez não reside na aparência, mas nos pensamentos que estão por trás dele".

A DEFESA NIMZOWITSCH

1. e4 Cc6

Outra de suas inovações que até hoje são objeto de controvérsias, não aceitas pelos grandes mestres, e deve-se igualmente ao grande mestre dinamarquês Bent Larsen, ser usada em pequena escala nos atuais torneios de grandes mestres.

ARON NIMZOVISTCH TEM A PALAVRA

"Não sou chegado a escrever um prefácio, mas neste caso creio ser necessário, porque sendo a questão nova, será um bom começo"

"Meu novo sistema não surgiu repentinamente, mas sim de forma paulatina e, poderia dizer-se, orgânica. A idéia de analisar cada um dos elementos estratégicos do xadrez nasceu da intuição, mas realmente não seria suficiente, somente se eu dissesse, por exemplo, que as colunas abertas tem que serem ocupadas e aproveitadas e que o peão livre tem que ser detido. O tema exige detalhes. Pode parecer ser cômico, mas lhes asseguro, estimados leitores, que para mim o peão livre tem alma e, de modo semelhante ao homem, possui aspirações que dormem dentro dele, de forma desconhecida, e temores cuja existência somente suspeita. Isto é extensível a cadeia de peões ou a qualquer outro elemento estratégico. Sobre cada um deles darei uma série de leis e regras que vão ao detalhe, e contribuem para esclarecer os movimentos misteriosos e as ações mais comuns que se realizam nas 64 casas do tabuleiro."

"A Segunda parte do livro trata-se o jogo de posições, com atenção especial ao aspecto neo-romântico. Como muitas vezes se tem dito que sou o pai da citada escola, será interessante saber o que penso sobre ela."

"Os livros de xadrez são escritos de forma doutrinal crendo-se que a obra perde valor quando se coloca alguns toques humorísticos, na convicção de que o humorismo não adequado a um livro didático. Não compartilho desta opinião a qual considero inteiramente falsa. O verdadeiro humorismo contém muitas vezes mais verdades internas que a seriedade mais sombria. Pessoalmente sou partidário fervoroso dos paralelos cômicos gosto de utilizar os fatos da vida cotidiana para, comparativamente, esclarecer algumas facetas complicadas do xadrez."

"As vezes construo esquemas para ressaltar a estrutura dos pensamentos. Faço isto por razões pedagógicas e por segurança pessoal, porque senão qualquer critico medíocre que também há - só encontraria detalhes isolados e não o conjunto ramificado que constitui o autentico conteúdo deste livro. Os diferentes temas tratados na primeira parte aparentam ser simples e este é justamente o mérito. Ter reduzido o caos a uma série de regras que guardam entre si uma relação de causas é precisamente o que me orgulha. Muito simples parecem os casos especiais da sétima e oitava linha, mas foi muito difícil achá-los e reduzi-los a cinco. O mesmo se pode dizer das colunas abertas e com maior razão das cadeias de peões."

"Naturalmente, a medida que se avança, aumenta a dificuldade dado que o livro está estruturado de forma progressiva. De todo modo não utilizei estas dificuldades como escudo para defender-me de críticos superficiais. Supondo também que me atacarão porque cito partidas jogadas pessoalmente, mas também isto não me importa. Não tenho o direito, por acaso, de ilustrar meu sistema com minhas próprias partidas ? Trago também ao conhecimento, algumas partidas de aficionados - bem jogadas - mas não temam, porque não são o que aparentam."

"Ao publicar este volume o faço com a consciência tranqüila. Minha obra tem defeitos, porque é impossível cobrir todos os ângulos da estratégia, mas estou convencido ter escrito o primeiro livro verdadeiramente didático do xadrez."

SUAS MELHORES PARTIDAS

Johner, P - Nimzowitsch , Dresden 1926
Nimzowitsch , Sämisch, Dresden 1926
Nimzowitsch - Rubinstein, Dresden 1926
Nimzowitsch - Nielsen, Kopenhagen 1933

SEUS ÚLTIMOS DIAS E 

Aaron Nimzowitsch (1886 a 1935)

 

 

 

 

SUA INFÂNCIA

Aaron Nimzowitsch nasceu em 1886 em Riga - Lituânia parte da Rússia Czarista, filho duma rica família judaica que dedicava-se ao comercio e se destacava pela sua religiosidade e altruísmo.

Seu pai tinha grande vocação para o xadrez que não pode concretizar, mas transmitiu ao seu filho, o amor profundo ao mesmo que nortearia a vida do menino até sua morte.

Aos 13 anos fez seu bar-mitzua judaico e já era um assombro na comunidade pelo seu jogo brilhante, sua vida foi confinada pela tremenda opressão czarista aos judeus em Vilna!

SUA JUVENTUDE

Em 1904 seu pai num esforço tremendo para driblar a opressão czarista, envia-o à Berlim.

Anos depois com o domínio nazista de 1930, em diante seria uma catástrofe um estudante judeu da Lituânia ir à Alemanha

Estuda Filosofia na Universidade local mas não é bem sucedido.

TORNEIO DE SAN SEBASTIAN - 1911

Neste torneio perde para Capablanca e Tarrasch, os participantes que acompanhavam o desenrolar, descreviam-no como possuidor de tiques nervosos, não tolerando qualquer ruído ou alguém falando, imediatamente reclamava ao arbitro. Mostrava-se pouco amável com os que assim lhe venceram e não dirigia palavras aos mesmos, mas aos que venceu ou empatou foi de extrema amabilidade. Já eram os primeiros sinais da tremenda doença que mereceu a atenção do genial criador da Psicanálise Sigmund Freud, estudando as desigualdades causadas pelas perseguições que os judeus sofreram na Europa.

A 1ª GUERRA MUNDIAL - 1914 1918

Foi uma tragédia para vida de Nimzovitsch tendo de fugir de cidade à cidade, russo de nascimento, estava na Alemanha do Kaiser que abriu um tremendo conflito com a Rússia, Inglaterra e França.

Esta situação de incerteza permanente, minou sua mente gravemente e quando entrou na Suécia neutra onde permaneceu por 2 anos, fugindo da terrível guerra, já tinha desequilíbrios esporádicos. Em 1922 vai morar na Dinamarca até o fim da vida em 1934. Recebeu cuidados permanentes dos médicos dinamarqueses. A Dinamarca ao lado da Holanda era dos povos onde os judeus eram menos discriminados.

SUA CARREIRA

De 1904 à 1934, Nimzovistch participou de 47 torneios, jogando 638 partidas, venceu 302 e empatou 222 e perdeu 109. Venceu 18 destes torneios.

Apesar de sua genialidade, não pode disputar matches pelo titulo com Capablanca ou Alekhine pois não conseguiu bolsa junto aos capitalistas que não confiavam em seu equilíbrio. Mas seu trabalho inovador, para o desenvolvimento do xadrez moderno colocam-no para sempre no panteão dos grandes mestres.

SEUS PRINCIPAIS TORNEIOS

Carlsbad, 1907 (Com 21 anos classifica-se em 4º, empatando com Leonhardt Schlechter, a frente de Vidmar Duras, Teichmam, Spielmann e Tartakower.)

São Petersburgo, 1914 (Vence o torneio de mestres em São Petersburgo empatado com Alekhine, o de grandes mestres foi vencido pelo genial Emanuel Lasker.)

Copenhague, 1924 (Terminou Empatado com Akita Rubinstein)

Desden e Hanover, 1925 (1º em ambos, empatado com Tartakower.)

Nuremberg e Londres, 1927 (1º com Tartakower. Em Londres além de ser 1º, vence criando sua celebre imortal contra Yates.)

Berlim, 1928 [Centenário da Sociedade Enxadristica Berlinesa] (1º em brilhante performance)

Berlim, 1928 [Grande Torneio do Centenário da Sociedade Enxadristica Berlinense] (2º atrás de Capablanca)

San Remo, 1930 (2º atrás de Alekhine.)

SUAS IDÉIAS BRILHANTES QUE LHE PROJETAM PARA SEMPRE

Nimzovistch publicou os seguintes livros : Meu Sistema e Prática do Meu Sistema.

A resistência inicial pelos demais grandes mestres, como obviamente a tudo que é inovador lhe parecem enormes. Não obteve credito dos seus companheiros e muitas vezes foi ridicularizado!

A DEFESA NIMZO INDIA

1. e4 , Cc6

2. d4 e6

3. Cc3 Bb4

Quando Nimzovistch introduziu este lance seu eterno rival Siegbert Tarrasch, taxou-o de horrível. Nimzovistch responde: "A beleza das jogadas do xadrez não reside na aparência, mas nos pensamentos que estão por trás dele".

A DEFESA NIMZOWITSCH

1. e4 Cc6

Outra de suas inovações que até hoje são objeto de controvérsias, não aceitas pelos grandes mestres, e deve-se igualmente ao grande mestre dinamarquês Bent Larsen, ser usada em pequena escala nos atuais torneios de grandes mestres.

ARON NIMZOVISTCH TEM A PALAVRA

"Não sou chegado a escrever um prefácio, mas neste caso creio ser necessário, porque sendo a questão nova, será um bom começo"

"Meu novo sistema não surgiu repentinamente, mas sim de forma paulatina e, poderia dizer-se, orgânica. A idéia de analisar cada um dos elementos estratégicos do xadrez nasceu da intuição, mas realmente não seria suficiente, somente se eu dissesse, por exemplo, que as colunas abertas tem que serem ocupadas e aproveitadas e que o peão livre tem que ser detido. O tema exige detalhes. Pode parecer ser cômico, mas lhes asseguro, estimados leitores, que para mim o peão livre tem alma e, de modo semelhante ao homem, possui aspirações que dormem dentro dele, de forma desconhecida, e temores cuja existência somente suspeita. Isto é extensível a cadeia de peões ou a qualquer outro elemento estratégico. Sobre cada um deles darei uma série de leis e regras que vão ao detalhe, e contribuem para esclarecer os movimentos misteriosos e as ações mais comuns que se realizam nas 64 casas do tabuleiro."

"A Segunda parte do livro trata-se o jogo de posições, com atenção especial ao aspecto neo-romântico. Como muitas vezes se tem dito que sou o pai da citada escola, será interessante saber o que penso sobre ela."

"Os livros de xadrez são escritos de forma doutrinal crendo-se que a obra perde valor quando se coloca alguns toques humorísticos, na convicção de que o humorismo não adequado a um livro didático. Não compartilho desta opinião a qual considero inteiramente falsa. O verdadeiro humorismo contém muitas vezes mais verdades internas que a seriedade mais sombria. Pessoalmente sou partidário fervoroso dos paralelos cômicos gosto de utilizar os fatos da vida cotidiana para, comparativamente, esclarecer algumas facetas complicadas do xadrez."

"As vezes construo esquemas para ressaltar a estrutura dos pensamentos. Faço isto por razões pedagógicas e por segurança pessoal, porque senão qualquer critico medíocre que também há - só encontraria detalhes isolados e não o conjunto ramificado que constitui o autentico conteúdo deste livro. Os diferentes temas tratados na primeira parte aparentam ser simples e este é justamente o mérito. Ter reduzido o caos a uma série de regras que guardam entre si uma relação de causas é precisamente o que me orgulha. Muito simples parecem os casos especiais da sétima e oitava linha, mas foi muito difícil achá-los e reduzi-los a cinco. O mesmo se pode dizer das colunas abertas e com maior razão das cadeias de peões."

"Naturalmente, a medida que se avança, aumenta a dificuldade dado que o livro está estruturado de forma progressiva. De todo modo não utilizei estas dificuldades como escudo para defender-me de críticos superficiais. Supondo também que me atacarão porque cito partidas jogadas pessoalmente, mas também isto não me importa. Não tenho o direito, por acaso, de ilustrar meu sistema com minhas próprias partidas ? Trago também ao conhecimento, algumas partidas de aficionados - bem jogadas - mas não temam, porque não são o que aparentam."

"Ao publicar este volume o faço com a consciência tranqüila. Minha obra tem defeitos, porque é impossível cobrir todos os ângulos da estratégia, mas estou convencido ter escrito o primeiro livro verdadeiramente didático do xadrez."

SUAS MELHORES PARTIDAS

Johner, P - Nimzowitsch , Dresden 1926
Nimzowitsch , Sämisch, Dresden 1926
Nimzowitsch - Rubinstein, Dresden 1926
Nimzowitsch - Nielsen, Kopenhagen 1933

SEUS ÚLTIMOS DIAS E SUA MORTE

Nimzowitsch não teve muito credito dos seus contemporâneos por suas idéias inovadoras, hoje entretanto seu livro "Mi Sistema" é básico na leitura da formação dos grandes mestres.

Morreu em 16 de março de 1935 em Copenhague, sua situação econômica era difícil cercado por uma Europa onde os gritos histéricos e ameaça de extermínio aos judeus de Adolf Hitler ecoavam por toda parte!

Entre os que dedicavam ou dedicam suas vidas ao xadrez Nimzowitsch foi sem duvida o mais nobre dos pensadores para elevar o que tanto amava , ao que chamava "Jogo-Ciência".